Lições do Livro “Mulheres que Correm com os Lobos”

Lições do Livro “Mulheres que Correm com os Lobos”

Esse ano decidi reler um livro que ganhei há quase 10 anos. Na época, ele já me marcou, mas agora, com mais vivência, percebo o quanto ele conversa com quem me tornei. Foi como revisitar uma história conhecida com novos olhos. O livro é o mesmo, mas eu não sou.

“Mulheres que Correm com os Lobos”, da Clarissa Pinkola Estés, não é uma leitura leve. É intensa, simbólica, cheia de camadas. Exige tempo, entrega e disposição pra olhar pra dentro. Não é pra ler com pressa, mas vale cada página. Especialmente pra quem sabe que crescer também é lembrar de quem se é.

Uma das mensagens mais potentes da obra é o lembrete de que a nossa força não vem de moldes externos. Ela nasce de dentro. E não desaparece quando tentam silenciar. Está ali o tempo todo, mesmo quando a gente precisa de espaço pra ela emergir com mais clareza.

A autora fala sobre a loba que habita em nós. Uma parte firme, instintiva, sábia. Que não precisa se impor, mas que sabe exatamente quem é. Não é sobre ser bruta, é sobre ser inteira. É uma força silenciosa, mas incontestável. E quando a gente para de se distrair com o barulho ao redor, começa a escutar de novo.

Essa releitura trouxe reflexões valiosas sobre como ocupamos espaços no mundo. A mulher potente, conectada com a própria essência, não precisa se moldar ao que esperam dela. Ela lidera com presença, com escuta, com firmeza. Ela cria, sustenta, transforma. Não pra provar algo, mas porque sabe quem é.

A loba lembra que presença não é sobre volume. É sobre profundidade. Que intuição é sabedoria legítima. Que olhar nos olhos e sentir o ambiente também faz parte da leitura. Que pausa é preparo, não ausência. E que se afastar do que não faz mais sentido também é uma forma de avançar.

O livro me lembrou que:

A intuição é uma forma de presença. Ela enxerga o que não está dito, lê o ambiente e direciona com segurança.

A pausa é maturidade. É nela que a força se reorganiza.

A criatividade é posicionamento. Quando uma mulher cria, ela ocupa espaço, propõe caminhos e deixa sua identidade visível.

E aquele cansaço que aparece de vez em quando… será mesmo só sobre fazer demais ou talvez sobre insistir no que já não faz mais sentido?

A loba não precisa ser chamada. Ela sabe. Ela observa, sente e se move quando é hora. Existe força em quem conhece o próprio ritmo.

Esse livro é um convite. Um convite pra olhar pra dentro com mais clareza, pra resgatar partes que ficaram de lado no meio da correria, das entregas, das expectativas. Ele não traz respostas prontas, mas faz a gente pensar. E quando a gente pensa com verdade, alguma coisa muda. Se você sente que é hora de lembrar quem você é de verdade, esse livro pode ser um ótimo começo.

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